segunda-feira, 16 de agosto de 2010

4ª Mostra de Responsabilidade Socioambiental da Fiesp/Ciesp.

São Paulo - 11/08/2010

Especialistas internacionais vêm pela primeira vez ao Brasil debater a mobilidade urbana
Secretários de Desenvolvimento Urbano e de Transportes de SP discutirão congestionamento e poluição na 4ª Mostra de Responsabilidade Socioambiental
Os congestionamentos são problemas comuns às grandes cidades, e alternativas para a mobilidade urbana têm lugar privilegiado na mesa de discussões da 4ª Mostra de Responsabilidade Socioambiental da Fiesp/Ciesp. No próximo dia 26 de agosto, debate-se "Um novo olhar para a mobilidade das cidades".
Palestrantes internacionais, os engenheiros Brian Lagerberg (EUA) e Martin Lutz (Alemanha), relatam as experiências em seus países que resultaram na primeira lei mundial que trata de mobilidade sustentável e no Programa LEZ (Zonas de Baixa Emissão de CO2) da Comunidade Europeia.
Ao lado dos especialistas, os secretários municipais Miguel Bucalem (Desenvolvimento Urbano), que também preside o Comitê Municipal de Mudanças Climáticas, e de Marcelo Cardinale Branco (Transporte).
Para Eliane Belfort, à frente do Comitê de Responsabilidade Social (Cores), idealizadora e responsável pela Mostra, em uma cidade com a mobilidade de São Paulo, soluções inovadoras e sustentáveis promovem a competitividade e a saúde dos seus habitantes.
“São essas provocações que faremos ao juntar os especialistas em Mobilidade de Washington e de Berlim, além dos nossos secretários municipais”, esclareceu.
Empresas podem se beneficiar com planos de mobilidade
Para o moderador da mesa, Lincoln Paiva, diretor da Green Mobility, consultoria especializada em mobilidade sustentável, é preciso engajamento, pois a cidade de São Paulo requer transporte público eficiente e ações para o controle dos poluentes.
Soluções viáveis podem incluir adoção de horários flexibilizados, acompanhada de mudanças culturais. Em sua avaliação, “a cidade tem deslocamento urbano de países desenvolvidos, mas infraestrutura de terceiro mundo”.
Ele ressalta que a Política Municipal de Mudanças Climáticas (Nº Lei 14.933/09), contempla, em seu 7º artigo, ações de incentivos fiscais e financeiros. Paiva sugere, nesse sentido, que se pense em alternativas à mobilidade urbana corporativa com reflexos positivos no inventário compulsório das empresas. Esse assunto é pouco debatido no Brasil e é um dos pontos que ele pretende abordar na 4ª Mostra.
São Paulo abriga uma das maiores frotas de veículos do mundo resultando em trânsito caótico, excesso de acidentes, elevação do nível de estresse e da poluição, além de enorme perda de tempo e consumo desnecessário de energia.

Exemplo que vem da Alemanha
O projeto Zonas de Baixa Emissão de CO², que limita a circulação de veículos poluidores nas cidades europeias, será detalhado por Martin Lutz, diretor de Saúde e Meio Ambiente do Senado de Berlim. Nessa cidade, os veículos poluentes são proibidos de trafegar em áreas de alta concentração, em função de política rígida e multas para quem transgredir as regras.

Martin Lutz foi o responsável pela implantação do ousado plano de redução de gases tóxicos devido ao número expressivo de mortes registradas no continente europeu, especialmente na Alemanha e Inglaterra. Ele tratará das dificuldades da implantação do plano e a necessária adaptação dos carros, além das possíveis parcerias público-privadas.

Primeira lei voltada à mobilidade sustentável foi criada nos EUA
Brian Lagerberg é o principal responsável pela implantação do Commute Trip Reduction (CTR), programa que hoje é lei, sobre redução de viagens motorizadas individuais para driblar os congestionamentos significativos em Washington. A iniciativa resultou na primeira lei mundial que trata de mobilidade sustentável.

Os resultados animam: as empresas investiram aproximadamente US$ 45 milhões em mobilidade, obtendo US$ 35,70 para cada US$ 1 aplicado pelo Estado (2006).
O governo local inclui empresas com mais de 100 funcionários no projeto, subsidiando deslocamentos de funcionários com isenção de taxas vinculadas ao trânsito. Assim, as empresas fazem mapeamentos próprios e estimulam a carona solidária. Em Washington, incentivos e prêmios aos participantes é uma prática.
Segundo Lagerberg, o CTR auxilia no combate aos efeitos das alterações climáticas e diminui os atrasos ao retirar aproximadamente 28 mil veículos das ruas, diariamente.
Incentiva-se o uso de meios de transportes coletivos, metrô e ônibus, e a opção por alternativas como bicicletas e caminhadas, além da utilização dos bolsões de estacionamentos em áreas recuadas das zonas congestionadas.

4ª Mostra de Responsabilidade Socioambiental da Fiesp/Ciesp
Tema: Desastres climáticos, epidemias, pandemias, drogas e envelhecimento – Ação coordenada para a sustentabilidade global


Data: de 24 a 26 de agosto de 2010
Mesa-redonda "Um novo olhar para a mobilidade das cidades", no dia 26/8, das 10h às 12h, no Salão Nobre, 15º andar
Local: Sede da Fiesp, Av. Paulista, 1313 (em frente ao Metrô Trianon)


Informações e inscrições gratuitas: http://www.fiesp.com.br/socioambiental/
Solange Sólon Borges, Agência Indusnet Fiesp
http://www.fiesp.com.br/agencianoticias/2010/08/11/mobilidade_urbana_4a_mostra_especia_internacionais.ntc

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